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3º e último filho de D. Salvador Pereira de Brito e Dona Brites Pereira, João nasceu em Lisboa no dia 1 de março de 1647.
Com a morte de seu pai (enviado para o Brasil como governador do Rio de Janeiro, por D. João IV), João foi para a corte com apenas 9 anos, na qualidade de pajem do infante D. Pedro.

Desde muito cedo, João aspirou seguir o exemplo de São Francisco Xavier. No entanto, uma doença mortal surgiu e Dona Brites prometeu ao Apóstolo das Índias que, se o seu filho recuperasse a saúde, vesti-lo-ia com o traje da Companhia de Jesus, durante um ano, tendo sido a sua prece ouvida. Para João era um gozo acompanhar o infante assim vestido, tendo-lhe sido atribuído o cognome de Apostolinho, pois os filhos de Santo Inácio eram conhecidos como Apóstolos.

Em Goa, o Padre Brito dedicou-se à evangelização, tendo sido depois enviado para o colégio de Ambalacate, no sul da Índia, para estudar as línguas locais. Posteriormente, foi designado para a região de Madurai, uma das mais complicadas. Aí, devotou-se de corpo e alma à evangelização, tendo conseguido converter povoados inteiros de pagãos. Em 1669, uma perseguição sangrenta quase aniquilou a cristandade do Maravá, uma das mais promissoras. Os que conseguiram escapar, refugiaram-se nas florestas ou em cristandades vizinhas, conseguindo assim aos poucos reorganizarem-se, o que suscitou uma nova perseguição em 1686. O Padre Brito apressou-se a socorrer os perseguidos, tendo recebido na Igreja quase 2 mil pagãos, o que lhe valeu a prisão. Só não foi morto porque o Marajá do Maravá mandou libertá-lo mas proibiu-o de pregar nos seus estados.

Em 1691, regressou ao Maravá e à sua missão. Na véspera da sua morte, a 4 de fevereiro de 1693, escreveu ao superior da missão: “Quando a culpa é virtude, o padecer é glória.”
O Jesuíta pediu aos seus perseguidores alguns minutos para preparar-se. Todos, pagãos e cristãos, tinham os olhos fixos no homem de Deus e, num sentimento de admiração e pesar, mantiveram-se em silêncio durante a sua prece. Posteriormente, fez o sinal da cruz, levantou-se, dirigiu-se para o carrasco e abraçou-o dizendo-lhe: “Meu amigo, eu já rezei a meu Deus; fiz o que devia fazer; executa agora a ordem que te foi dada.”

Após a execução, nas noites seguintes, pairou sobre o céu uma misteriosa luz, pelo que imediatamente o nome do mártir tornou-se alvo de veneração e numerosos milagres ocorreram. Isto levou a que tenha sido inscrito no rol dos Beatos pelo Papa Pio IX e canonizado em 22 de junho de 1947, pelo Papa Pio XII.

Toda a vida de João de Brito foi provada no processo de Beatificação, faltando apenas comprovar os seus milagres para que pudesse ser canonizado.

Um desses milagres ocorreu no Porto nos anos 50. João de Espregueira Mendes, médico ortopedista, recebeu na consulta a visita de Joaquim, um jovem de 9 anos de idade, com tuberculose grave e destrutiva do calcâneo. Após várias tentativas de tratamento, informou a mãe da criança que nada havia a fazer. A mãe, devota do Beato João de Brito, colocou a sua imagem debaixo do travesseiro de Joaquim. Durante algum tempo, não houve notícias do rapaz até que, meses depois, vê Joaquim entrar no consultório, vivo e de boa saúde. Estupefacto, o médico radiografou o menino e verificou que não existia nenhum sinal de tuberculose ou lesão antiga. Radiante e confuso, envia para o Vaticano o processo clínico do futuro Padre Joaquim. Este foi o último milagre que serviu como prova para a santificação de João de Brito.

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